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Jornalistas em jornais e revistas da capital adiam paralisação para 14 de setembro

Jornalistas em jornais e revistas da capital adiam paralisação para 14 de setembro

Mais de 200 jornalistas em jornais e revistas da capital adiaram, durante a assembleia de terça-feira (6), para a próxima quarta-feira, dia 14 de setembro, a paralisação marcada esta quinta-feira (8).

A categoria aprovou uma nova contraproposta a ser enviada ao Sindicato Patronal e divulgou uma nova carta-aberta.

Contraproposta

A contraproposta da categoria mais uma vez demonstra a disposição dos profissionais em negociar e em fechar a negociação o quanto antes.

Para tanto, reduziram para R$ 14 mil o valor do teto salarial a sofrer reajuste pela inflação, de forma parcelada, sendo 5,95% em junho e o percentual restante em setembro. Salários acima devem ter reajuste fixo de R$ 1.666, parcelado proporcionalmente nos meses de junho e setembro.

A categoria aceitou as cláusulas de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e berçários, creches e convênios conforme a proposta patronal. Já o aceite da cláusula de vale alimentação ou refeição está condicionado a uma nova discussão de valores por meio da Comissão Paritária, que deve ser instaurada após a assinatura da CCT.

Para as cláusulas de admitidos após a data-base e contribuição negocial, os jornalistas aprovaram a manutenção da redação conforme a atual Convenção Coletiva.

Carta-aberta

A carta-aberta aprovada pela categoria em jornais e revistas da capital é a segunda enviada aos patrões nesta campanha salarial. Na primeira, os jornalistas apresentam sua insatisfação com as propostas apresentadas, fato que resultou na aprovação da paralisação de maneira unânime.

Desta vez, a categoria se posiciona contra o assédio e as práticas antissindicais que ocorreram nas redações e, em especial, no Valor Econômico, após a aprovação da paralisação.

Leia a carta na íntegra.

Carta das e dos jornalistas de Jornais e Revistas da Capital à direção do Valor Econômico

Em assembleia realizada na última terça-feira, 6 de agosto, mais de 235 jornalistas se reuniram para deliberar sobre a Campanha Salarial 2022. Por unanimidade, foi aprovada a redação de uma carta aberta ao jornal Valor Econômico, em solidariedade a todas e todos os profissionais de sua redação:

Na terça-feira 6 de setembro, enquanto representantes dos jornalistas e das empresas participavam de mais uma rodada de negociação sindical em busca da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, a direção do jornal Valor Econômico convocava seus editores para uma tarefa constrangedora e antissindical.

Cada editor deveria conversar individualmente com os repórteres e redatores de sua respectiva editoria para estimar a escala da possível adesão à paralisação marcada para o dia 8, posteriormente adiada por decisão de assembleia, e, se possível, persuadir esses trabalhadores a não participarem do protesto.

A ação é constrangedora porque todos os editores convocados para persuadir seus subordinados são igualmente afetados pela campanha salarial em desenvolvimento. São diretamente interessados, portanto, na vitória da estratégia definida pelos colegas em assembleia, no melhor índice de reposição salarial e na ampliação dos benefícios em negociação. Foram todos colocados numa situação de evidente conflito ético.

A ação é antissindical pelo caráter indisfarçavelmente intimidador do gesto, o que representa interferência indevida à autonomia e à organização das e dos jornalistas. Para piorar, a iniciativa tem o condão de produzir desgaste na almejada relação de confiança entre representantes dos jornalistas e dos patrões que trabalham por um acordo na mesa de negociação em curso.

O Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo quer crer que o gesto desastrado e lamentável ocorreu à revelia do conhecimento dos representantes das empresas com quem negocia uma convenção coletiva. 

Infelizmente, não são apenas as e os jornalistas do Valor Econômico que são afetados por esse tipo de assédio. Nas últimas semanas, jornalistas de diferentes empresas relataram casos de pressão contra a livre manifestação da categoria na luta por salários e direitos. A luta das e dos jornalistas é legítima e democrática. E se as empresas jornalísticas tanto defendem a democracia da porta para fora, também devem estender essa prática da porta para dentro.

Jornalistas de Jornais e Revistas da Capital

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