Na quarta-feira, 3 de julho, às 19h, acontece no auditório Vladimir Herzog o lançamento do livro “Eu só disse meu nome”, que conta a trajetória de Alexandre Vannucchi Leme. Ele tinha 22 anos e cursava o último ano de Geologia na USP quando foi torturado até a morte no DOI-Codi de São Paulo, o mais temido órgão de repressão da ditadura militar, chamado de “sucursal do inferno” por seu diretor, o major Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Aluno aplicado e primeiro colocado no vestibular, Alexandre atuava no movimento estudantil, denunciava violações de direitos e defendia a volta da democracia. Um ano antes de ser preso, aproximou-se da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização fundada por Carlos Marighella, e passou a apoiá-la na universidade. Foi morto no segundo dia de torturas, em 17 de março de 1973, ainda se recuperando de uma cirurgia. Dom Paulo Evaristo Arns, então arcebispo de São Paulo, ofereceu a Catedral da Sé para a missa de sétimo dia e denunciou publicamente a versão falsa de atropelamento. Com quase 5 mil pessoas presentes, a homenagem se tornou a primeira grande manifestação de repúdio à ditadura desde o Ato Institucional nº 5, em 1968.

Cinquenta e um anos após sua morte, a história de Alexandre é contada por seu primo em segundo grau, Camilo Vannuchi. Jornalista e escritor especializado em direitos humanos, autor de livros-reportagens como “Vala de Perus, uma biografia” (Alameda e Instituto Vladimir Herzog, 2020), finalista no Prêmio Jabuti, Camilo foi membro e relator da Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura de São Paulo. É professor de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e secretário de Cultura de Diadema (SP).

SERVIÇO

Lançamento do livro “Eu só disse meu nome”
3 de julho – Quarta-feira – 19h
Rua Rego Freitas, 530 – Sobreloja
Próximo ao Metrô República

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